Quando questionei se este tema teria relevância lá no instagram @mastump (segue lá!) recebi uma calorosa chuva de comentários positivos! Então, seguindo minha agenda e possibilidades de tempo, eis que estou aqui para contar como estou me virando e dando conta da vida de mãe de um bebê de dois meses e meio e trabalho home office sem licença maternidade alguma. Vamos lá ver essa rotina que tenta se manter firme e forte?
Rotina é fundamental
O ponto inicial é importância extrema de se manter uma rotina. Aqui em casa, desde que chegamos com o bebê aos 15 dias (ele nasceu em SP e ficamos um tempo na casa dos meus pais), fiz questão de ser sistemática quanto os nosso horários. Tanto para mim, como para o Miguelzinho. No início eu fazia isso para me deixar segura, parecia que saber a hora para cada coisa me deixava mais no comando da situação e não sendo levada por fraldas, choros e mamadas. Então, impus alguns horários e assim fomos levando e moldando alguns ajustes conforme via sucesso ou não. Isso pra mim é uma dica preciosa: crie uma rotina. Sugestão das mais fundamentais mesmo.
Como funciona por aqui
No meu caso, funciona dessa forma: pulo da cama com os resmungos do baby às 7h30 mais ou menos. É a minha hora sozinha com ele e com meu café da manhã. Hora que dou de mamar (ou mamadeira porque não tenho quase nada de leite e já passei da fase da negação e chororô e hoje vivo muito bem com isso) e faço dormir na cadeirinha da sala para eu dar conta da minha alimentação e organização da cozinha. Nesse momento, o moço pai tira sua hora de sono já que na acordada mais recente da noite é ele o responsável por fazer o baby sossegar. Sobrou tempo? Tiro roupa do varal, guardo, organizo quartinho, roupas, sala, limpeza…
Por volta das nove, engreno no trabalho e vou até o meio dia, quando paro o que estiver fazendo para preparar nosso almoço. E sobre o trabalho da manhã: ele pode ser tanto no meu home office definido, espaço com escrivaninha e meus gadgets necessários ou perto do baby caso ele esteja dando trabalho. O importante é: faço sempre o que é possível no tempo que ele permite. E isso mudou todo meu pensamento pós filho. Antes, eu parecia programar as tarefas do dia e pensar sobre elas. Hoje, eu faço, e faço na hora que vejo a situação/problema/ necessidade. Bora falar sobre isso?
Fazer a tarefa na hora que aparece
Se antes eu pensava se responderia ou não um e-mail, se eu programava o dia de lavar roupa, se eu pensava ou não se deixaria a louça para mais tarde, hoje eu mudei completamente essa forma de levar a rotina. O que funciona agora e mudou bem a forma de pensar sobre o tempo é: surgiu a necessidade e bebê permite, faça.
E então, a vida segue: chegou e-mail de cliente e pintou uma necessidade de programação de agenda de posts e bebê tá quietinho – faço na hora, a roupinha do pequeno tá no cesto e ele sossegou no berço – vou pra área de serviço, não é hora do banho, não é hora de mamar, ele tá dormindo – saio para ver a vida (pai tem as mesmas funções e divide tudo por igual aqui já que é home office também) e fazer coisas externas, como reunião, visita a cliente, fotos, banco, supermercado.
Tudo na hora que as coisas se apresentam e seguindo meus horários sagrados de café da manhã, horários das mamadas, almoço, banho, hora de dormir. E assim tudo fluiu muito melhor! Minha segunda dica além da rotina então é: não pense sobre, faça.
Poucas cobranças e tarefas possíveis por período
Quando fiz um post lá atrás sobre rotina home office na época sem bebê, já falava isso: colocar na agenda tarefas possíveis e realizáveis para evitar frustração. E isso continua! E ainda mais importante. Ou seja: por mais que a gente tenha um monte de entrega e afazeres, organize na agenda de forma possível.
Como sei bem que a soneca da manhã e o sono pós banho da tarde (por volta das 15-16h) são os horários de mais sossego para ambos, moço pai e para mim, tento reunir tarefas na agenda nesses períodos. E mais: o que realmente dá pra fazer nesse tempo. Somar um monte de coisas ilusórias para nossa capacidade e tempo disponível nos deixa pra baixo e com a sensação de incapacidade. E isso faz o dia terminar com o astral lá pra baixo. Então a dica número três é: coloque na agenda o que realmente possa cumprir.
Na minha sempre tem algo externo (como correio, mercado, reunião), agenda de trabalho de clientes, posts do blog (item 3 de prioridade no momento, infelizmente) e algum lembrete de pagamentos e afins. E tento realmente me ater a essas tarefas, sem poucas distrações nos períodos produtivos. Vamos a esse tópico e último?
Tente tornar os momentos produtivos realmente produtivos
Sem bebê eu já falava isso e muitas vezes não cumpria. Porém, agora é regra, é lei: tenho meu período de trabalho disponível – trabalhe e faça render. Esqueça o cel caso não seja para conferir algo essencial das contas de clientes (trabalho com produção de conteúdo para redes sociais). E mesmo assim, tudo pode ser visto e checado e manuseado pelo laptop. Então, foque no que está predeterminado para aquele período. Parece sistemático e chato? Parece. Mas faz a vida seguir em frente e realmente render! Então, a quarta e última dica é: foque no que está fazendo e evite distrações.
Quer um exemplo? Bebê está na cadeirinha dormindo e quase começando a chiar e eu estou no sofá ao lado escrevendo a toque de caixa sem tirar o olho da tela! Vai dar tempo!
E aí quando a gente cumpre tudo que se dispôs a fazer além dos horários de prazer e lazer com baby e sua rotininha, o que faz? Tempo livre, oba! Bebê dormiu de verdade verdadeira lá pelas 21h! E aí corro para um Netflix, YouTube, blog querido e aí vai! A vida é linda e ela continua sendo ainda mais colorida e prazerosa!
Ajustes acontecem
Você leu tudo até aqui e pensou: será mesmo que isso dá certo? Mas não tem dias que tudo desanda ou que o bebê não quer dormir nos horários usuais? Ô se tem, minha gente! Mas com uma rotina base a seguir, um dia ou outro sem produtividade, as coisas já estão mais ou menos sob controle e sem atrasos… E então, temos um extra caso tudo perca o controle qualquer hora! E mais, a gente se divide por igual aqui. Então, nas horas que o sono não pintou, nos alternamos para seguirmos as tarefas e irmos adiante!
Um beijo da Ma Stump mãe e espero realmente ajudar outras mamães trabalhadoras em casa que estão moldando sua nova vida! Ah, e não: não trablhamos com babá e faxineira só a cada 15 dias.