Inspirações
21 dez 2016

Desejos e pensamentos da semana, do mês, da fase!

A vida tá agitada? A vida tá cheia de barzinhos e festas de fim de ano? A vida tá cheia de passeios e compromissos de trabalho? Nope. A vida tá de ansiedade, a vida tá de tossir e espirrar e fazer xixi, a vida tá de não dormir à noite, mas engatar no sono às cinco da manhã, a vida tá de de ter barriga até nas costas, a vida tá de procurar gastar tempo suficiente em cada coisinha que ocupe o dia e me dê prazer.

Tô reclamando? Não exatamente. Sou maravilhosamente grata por cada fase da gestação estar indo bem e eu sentir meu bebê lindo mexer a cada instante. É pezinho que sinto na costela, é tornozelo miúdo que me dá um toquinho quando dou um carinho, é soluço constante que não acaba mais. E ufa, ainda bem! Porém, como todo mundo diz, taí o nono mês, minha gente. Do jeitinho que todo mundo o descreve: é longo, é de expectativa, é de ansiedade, é de gigantismo.

Nem no meu maior e melhor sonho para 2016, eu me imaginava do jeitinho que estou hoje à espera das festas de Natal e Ano Novo. (que festas? rs) Jamais me imaginaria por mais que fosse meu maior desejo, que estaria sim – teria conseguido! – estar grávida mor e à espera do fruto mais precioso do amor e companheirismo com o moço. E não é que cá estou? Vivendo os prazeres e os meus “ais” dessa fase de espera.

Já em SP, bem acomodada e tranquilinha, começo o nono mês sem estrada, sem mais balsas, sem idas e vindas para poupar esse corpitcho que já não combinava mais com horas no carro. Agora a vida aqui é para o Migs, e para seu total conforto e bem-estar. Quero e desejo que ele fique o tempo necessário em seu confortável barrigão e cresça tudo que precisa aqui dentro. São exames e consultas semanais, são saidinhas breves para curtir o período de compras de Natal e… Muita contração de treinamento e minha cabeça circundando apenas uma coisa: que dê tudo certo.

E assim a gente vai seguindo. Nessa semana consegui terminar fases importantes dos últimos trabalhos e pendências. Tô prestes a me sentir mais aliviada sem entregas e compromissos dos freelas, as nossas malinhas de maternidade estão prontas, minha cabeça está mais livre.

É possível que eu tenha a melhor notícia do mundo daqui umas três semanas, como é possível que essa vida e pensamentos e desejos se estendam por mais cinco. É só a mãe natureza que sabe.

Vou guardar num potinho minha vontade enorme de colocar meu shorts jeans de cintura alta de abacaxis, de fazer um tintim por tudo ter dado certo e de voltar para casa com o baby no colo. Eu sei que isso vai chegar num passe de mágica (e com algumas muitas noites sem deitar), mas vai chegar.

Bora aumentar o som do Edward Sharpe e trabalhar mais um pouco para ocupar a mente e sentir o corpo feliz! Te amo demais, Miguel Stump Sanchez, e vou sempre fazer o que é necessário e além para você. E sim, sim, já sei que é só o começo.

Inspirações
25 fev 2016

O “gosto de antigamente” virou atual

bike

Faz tempo que ando pensando sobre e notando evidências e bons exemplos… Mas há pouco, com tantas inquietações econômicas e também reflexivas que estamos passando, parece cada vez mais claro: hábitos de antigamente nunca foram tão atuais.

As nossas vontades e até mesmo tendências têm nos levado a desejar fazer e praticar o que por muito tempo ficou adormecido, parecia ir contra à vida “contemporânea”, prática, e tão almejada.

Hoje, se parar para pensar, o que a gente mais quer é consumir a fruta e os legumes que estão expostos em uma cesta, sem embalagem e do produtor local, se a gente puder leva todo dia o almoço para o trabalho em bolsas térmicas para conservar o sabor e a qualidade de casa mesmo de longe, a gente dá um supervalor aos momentos ao ar livre e o que mais se vê é o desejo de andar de bike, ir à praça, sentar para curtir um pouco de bucolismo na vida corrida.

Ah, e falando em metas na vida e tempo, muito dele, também passamos aprendendo a sermos mais autônomos e independentes: hobbies como cozinhar, jardinagem, costura para fazer as próprias roupas e artigos pra casa nunca estiveram tão em alta. Do programa de tevê ao curso online. Aprender ofícios como esses já não soam de outras épocas… São o agora.

frutas

Já se falarmos de moda, bem-vinda e linda será aquela peça feita pra gente, costurada com esmero, acessórios artesanais, joias autorais. No âmbito dos negócios criativos, fazer e vender geleia, fornecer flores por um entregador não motorizado, oferecer jantares em casa e até mesmo propor permutas de produtos, serviços ou expertises são só alguns exemplos do que é visionário hoje e poderia ser tão comum em outros tempos…

A gente quer muito e o mundo parece precisar muito dos novos anseios atuais. O luxo é poder praticar o simples: ter a comida fresca, o tecido de verdade, o atendimento atencioso, o tempo com ar puro, o bolo quente, uma horta pra chamar de nossa, a bainha da costureira da esquina, as horas no parquinho, a troca de trabalhos, o papo com o vizinho e o embrulho feito à mão.

embrulho

Se isso era gosto de antigamente… Sorte a nossa termos percebido que nos dias de hoje isso mais que pode e deve ser o sabor do cotidiano. O handmade vai por esse caminho e a vida toda pode permitir esse mesmo espírito.

Cola incentiva e essa pessoa atrás dos tons verde água e botões pensa cada vez mais nas vantagens desse retrocesso que, na verdade, é só avanço. :)

Imagens Shutterstock

Inspirações
11 jan 2015

Para aprender com as formigas: gerenciando o estoque

No último ano, um post aqui me fez revelar sentimentos bem particulares e desabafei o que senti ter aprendido na época com minha primeira suculenta da coleção. Uma linda e frondosa rosa de pedra que se desenvolveu lentamente no novo lar e cidade e me pareceu saber se mostrar aos poucos e ir sugando e absorvendo o que o lugar poderia lhe oferecer de melhor. 
 
Foi um grande ensinamento e uma tarefa importante que eu levaria para todo o ano. Por fim, em 2014, eu conclui que soube ser uma suculenta como as várias outras que foram chegando na minha coleção. Sempre necessitada de mais regas que elas. Mais movimentos, mais contatos, mais conversas, mais desenvoltura. Porém, aprendi bem como ela como era absorver a brisa do mar e curtir melhor o que significava morar e vislumbrar o marzão em uma cidade tropical e uma vida um pouco mais alternativa do que de uma varanda de apartamento. 
 
O engraçado é que quase no mesmo dia e período que no último ano, me vi pensando em uma nova analogia e um outro serzinho da natureza que também tem uma grande lição para me passar. E essa, acho que é para ser absorvida ao longo da vida e também já nesse ano. O ensinamento da vez que me parece ser essencial para levar a vida leve e com menos ansiedade vem das formigas. Não que eu conviva com elas, nem as observe tanto quanto as suculentas, mas me peguei pensando em uma fábula que transmite bem o que devo começar a procurar. Quem lembra do conto da cigarra e das formigas?

A bug’s craft

 

 
As formigas são disciplinadas e trabalham o ano todo carregando sementes e folhas para a sua morada. Todo dia um pouquinho, seja com diversão, com relax, com animação, seja com vento, com preguiça, com menos empolgação. Já a cigarra, passa o ano a cantarolar, sem se preocupar nadinha com a estação que os nutrientes e essa vidinha de pernas para o ar pode vir a faltar. Chega o inverno, temporada que para elas o estoque é fundamental, e lá estão as formigas, precavidas, tranquilas e reconfortadas com todo o esforço que fizeram até aquele momento. Já a cigarra, pega desprevenida, fica assustada, um pouco desnorteada e é obrigada a bater na casa das formigas para se alimentar e fugir do frio do inverno. 
 
Para mim, não parece ser sustento, comida e abrido, o que necessariamente venha a faltar de tempos em tempos e que mereçam se estocadas… Mas penso que as bonitas das formigas também pareçam estocar paciência, energia, tranquilidade e discernimento para as épocas que podem vir a faltar. Será que faz sentido para você também?
 
O verão onde escolhi viver é a fase agitada, a fase da vida bagunçada, apesar de cheia de bons atrativos, mas também, que foge da rotina, que chacoalha o nosso trabalho, casa, família e cabeça. Taí a temporada que pode ser comparada à das formigas, que se pré planejada e prevista, não precisa ficar sem cada folhinha e frutinha carregada ao longo do ano. Afinal, se já foram bem estocadas e tudo que se passaria adiante era sabido, não há o que abale o lar doce lar ou rotina querida. 

Suculentas e formigas, como é bom tê-las por perto.