A vida tá agitada? A vida tá cheia de barzinhos e festas de fim de ano? A vida tá cheia de passeios e compromissos de trabalho? Nope. A vida tá de ansiedade, a vida tá de tossir e espirrar e fazer xixi, a vida tá de não dormir à noite, mas engatar no sono às cinco da manhã, a vida tá de de ter barriga até nas costas, a vida tá de procurar gastar tempo suficiente em cada coisinha que ocupe o dia e me dê prazer.
Tô reclamando? Não exatamente. Sou maravilhosamente grata por cada fase da gestação estar indo bem e eu sentir meu bebê lindo mexer a cada instante. É pezinho que sinto na costela, é tornozelo miúdo que me dá um toquinho quando dou um carinho, é soluço constante que não acaba mais. E ufa, ainda bem! Porém, como todo mundo diz, taí o nono mês, minha gente. Do jeitinho que todo mundo o descreve: é longo, é de expectativa, é de ansiedade, é de gigantismo.
Nem no meu maior e melhor sonho para 2016, eu me imaginava do jeitinho que estou hoje à espera das festas de Natal e Ano Novo. (que festas? rs) Jamais me imaginaria por mais que fosse meu maior desejo, que estaria sim – teria conseguido! – estar grávida mor e à espera do fruto mais precioso do amor e companheirismo com o moço. E não é que cá estou? Vivendo os prazeres e os meus “ais” dessa fase de espera.
Já em SP, bem acomodada e tranquilinha, começo o nono mês sem estrada, sem mais balsas, sem idas e vindas para poupar esse corpitcho que já não combinava mais com horas no carro. Agora a vida aqui é para o Migs, e para seu total conforto e bem-estar. Quero e desejo que ele fique o tempo necessário em seu confortável barrigão e cresça tudo que precisa aqui dentro. São exames e consultas semanais, são saidinhas breves para curtir o período de compras de Natal e… Muita contração de treinamento e minha cabeça circundando apenas uma coisa: que dê tudo certo.
E assim a gente vai seguindo. Nessa semana consegui terminar fases importantes dos últimos trabalhos e pendências. Tô prestes a me sentir mais aliviada sem entregas e compromissos dos freelas, as nossas malinhas de maternidade estão prontas, minha cabeça está mais livre.
É possível que eu tenha a melhor notícia do mundo daqui umas três semanas, como é possível que essa vida e pensamentos e desejos se estendam por mais cinco. É só a mãe natureza que sabe.
Vou guardar num potinho minha vontade enorme de colocar meu shorts jeans de cintura alta de abacaxis, de fazer um tintim por tudo ter dado certo e de voltar para casa com o baby no colo. Eu sei que isso vai chegar num passe de mágica (e com algumas muitas noites sem deitar), mas vai chegar.
Bora aumentar o som do Edward Sharpe e trabalhar mais um pouco para ocupar a mente e sentir o corpo feliz! Te amo demais, Miguel Stump Sanchez, e vou sempre fazer o que é necessário e além para você. E sim, sim, já sei que é só o começo.