reflexão
14 jan 2014

O que a suculenta me ensina diariamente ou o amadurecimento da casa

Tô num momento do lar, das reflexões caseiras, do cuidado com os seres vivos e coloridos que aqui moram, minha gente. Aguentem a fase felizes e contentes, cola-leitoras. Isso é sinal de que o Cola trará sempre novidades e que a autora que lhes escreve dedicará seu tempo no aconchego do ninho para ter mais ideias de criações e pautas. (rá! como convencê-las de que meu momento monotemática será bom para todas!) ;)

Introdução feita e argumentos bem colocados, parto para o tema da vez: a salve salve e paixão avassaladora suculenta. A planta que é pop entre as jardineiras e donas de casa novatas por não necessitar de grandes cuidados e habilidades conquistou meu coração. Por culpa desta Echevéria (Echeveria glauca) – quem diria que um dia saberia seu nome científico – hoje não passo um dia sem apreciar seu crescimento e mimar suas novas flores. É muito carinho envolvido!



O tom é todo humorado e irônico, mas há tempos venho falando comigo mesma que escreveria sobre o quanto esta suculenta que se adapta facilmente ao seu habitat e dá graça onde vive me ensina diariamente. 

 Senta que lá vem história…

A relação apaixonada começou com a mudança para a casa nova e isso explica bastante. Ganhei a Echê (agora que sei o nome, vamos ao novo apelido) da minha sogra uma semana antes de sair de São Paulo. As caixas já estavam quase todas feitas (mentira) e aquele vaso redondo e volumoso seria o último integrante da trupe a embarcar para nossa nova fase. 

Parti primeiro e o moço ficou mais alguns dias finalizando a arrumação. Seria minha a função então de receber o caminhão na nova cidade e novo lar e deixar o ambiente aconchegante para sua chegada (com lindas mãozinhas ajudantes). E não é que a Echê chegaria cambaleando de um lado ao outro do caminhão? Na minha cabeça de apaixonada por suculenta, ela teria vindo no banco da frente do carro, ao lado dele e com cinto de segurança atado. Mas… Veio bravamente com os móveis e fora de qualquer caixa “para não machucar suas folhas”. Ok, fora algumas pontas a menos, ela já se mostrou determinada. Foi aí que a observação desta #suculentaaddicted começou. :)

Aquela planta bojuda e, na época, rasteira, foi parar na estante da varanda. Meus dias que sempre se iniciam neste mesmo ambiente então começaram a se voltar também para ela, além da vista. E a mascote foi crescendo… Passou o inverno cheio de vento, passou uma primavera ansiosa e lá estava a Echê ganhando mais folhas e mostrando que se adaptaria perfeitamente ao novo habitat. E brinco então que ela cumpriu esta tarefa melhor e mais rápido do que eu. Com poucas regas, ela foi se desenvolvendo com a umidade do mar. Aquele calor que foi chegando do verão, só lhe trouxe brotos lindos e a disputa com a paisagem cada vez mais bonita nesta estação, só lhe fizeram bem e lá foi ela ganhar mais volume e altura para se mostrar presente. Para falar a verdade, ela mostra tanta segurança que nem mesmo deve ter pensado em concorrer, mas em compor em conjunto. :)

A suculenta que se tornou parte viva e mutante do novo lar, parece que foi mostrando que a casa estaria mais nossa, mais ocupada depois destes sete meses de convívio. Se as minhas correrias se tornaram mais caseiras, mais cuidadosas, mais observadoras, a vida desta suculenta na varanda está bem relacionada. 



Fora de São Paulo, aprendi a olhar para fora também para buscar mais luz, reparo mais nas mudanças de tempo e também mudo com ou sem a umidade do mar, assim como tento exercitar minha paciência a cada dia porque sei que vem o broto e então vem flor… E a suculenta está aí, linda e cheia delas. Se antes quando a trouxe comigo para cá não imaginava como ela suportaria este cacho recheado de flores e onde se encaixaria em sua estrutura, hoje vejo que tudo cresce da forma mais harmônica e constante. 

Está aí: é possível aprender com as suculentas. E a gente aqui achando que a vida tem que ser corrida e racional e que a gente é que tem que dar dicas de como cuidar dessas plantas em posts. 

Fica a história, ficam meus cola-devaneios e também a sugestão de cultivá-las se possível em vasos de cerâmica (ando com um medo de transplantá-la!) e aguarem poucas ou uma única vez na semana. Já quanto a sua floração… Adquira uma e aguarde até a primavera ou verão… É surpreendente. Nem tudo que vem prontinho e já na sua melhor forma é o mais encantador. E assim tenho percebido na nova rotina, na nova cidade e no novo lar. Que agora floresce e tem me feito monotemática. :)

Se também exercitou a paciência e chegou até o final… Teria uma relação assim com alguma planta-mascote em seu lar? Ou a Ma que colacorelinha lhe pareceu fora da caixinha? 

Bons links para quem procurava um post prático:
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16 comentários
  1. Lindo post *-* Já estava com vontade de ter uma e depois do seu post e
    resolvi que minha próxima aquisição será uma suculenta , espero que ela cresça linda como a sua haha só acho que vai ser difícil de encontrar na minha cidade mais não custa tentar ! rsrs beijos

    Responder
  2. Lindo post *-* Já estava com vontade de ter uma e depois do seu post e
    resolvi que minha próxima aquisição será uma suculenta , espero que ela cresça linda como a sua haha só acho que vai ser difícil de encontrar na minha cidade mais não custa tentar ! rsrs beijos

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  3. Adorei!!! Sou fanzaça de suculentas tb! Dou Oi e tchau pra elas todo dia! Tenho uma que vira e mexe tem uma crise dramática e finge que vai morrer….daqui a pouco tá lá toda folhada de novo…hahahaha

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  4. Que fofo! Conhecendo seu blog agora e apaixonada pelas lindas suculentas.
    Eu sou péssima com plantas. Quero trazê-las pra perto de mim, mas elas nunca sobrevivem. Sempre que compro um vasinho novo, entro na internet, pesquiso pra saber do que ela precisa e como mantê-la, mas parece carma.
    No começo de 2013 comprei um vasinho de suculenta. Durou menos de um mês e morreu.
    Cansada, passei meses só colocando as artificiais pra dentro de casa.
    Só que sou persistente. No final do ano, comprei três vasinhos. Duas morreram e somente uma pimenteira sobreviveu, linda e forte. Então acreditei que eu ainda tinha potencial.
    Fiz um kit pequenas alegrias pra presentear algumas pessoas no natal e comprei 12 suculentas pequeninas. Sobraram algumas, então tive que cuidar delas. Já se passa mais de um mês e elas estão firmes. Talvez, agora eu esteja pegando o jeito.

    http://feitacommuitoesmero.blogspot.com.br/

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  5. Que amor de post, Mazitas! Eu o li e lembrei de 3 suculentas q tenho no ateliê, uma ganhei da Pri e a danada já se renovou muitas vezes… Mas nenhuma delas ficou bonita como as suas :)
    Minha paixão tbm são as orquídeas e assim que chegar em casa tenho que dar um trato nelas pois estão cheias de pulgões :(

    Bjbjb

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    • E a felicidade de receber comentário fofo da amiga durante uma trip pela Europa? Mazitas agradece o carinho de sempre, Pat! E fique tranquila que suas orquídeas são tão guerreiras quanto a dona e estarão aguardando firme e fortes seus cuidados. <3 Beijos, queridona!

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  6. Que lindo Ma! Eu sou apaixonada por plantas e também aprendo muito com elas.
    A paixão do momento são as orquídeas (que as outras não me ouçam, hehehe), passo boas horas observando e cuidando delas. Li em algum lugar que o cultivo de orquídeas (na minha opinião se aplica a qualquer planta), é um ótimo remédio contra a depressão e a ansiedade. Se você der a atenção e o carinho que elas merecem, depois de um tempo (no caso das orquídeas chega a alguns anos) você terá a recompensa, sempre.

    Parabéns pelas suas suculentas. A Echê tá linda demais!

    Bjs

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    • Vou ler cada comentário para a Echê e ela vai se achar a terapeuta do ano. ;) É isso mesmo, Fran. O cultivo atencioso e este apego faz nos sentir muito bem! Tô aqui feliz ao ver que essa minha epifania mexeu com outras pessoas encantadas por suas plantas da vez.

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  7. Oi Ma!
    Também amo suculentas e tenho uma estantezinha na minha sacada com diversas delas. Concordo que elas são fáceis de manter e enfeitam um monte a casa. Infelizmente as minhas não cresceram tão bonitas quanto a sua porque eu tenho outros mascotes na minha casa: dois gatinhos que também apreciam a estante e as suculentas. Mas como você falou, elas são resistentes e depois de alguns reajustes, assim como nossas vidas, elas também tocam pra frente! =)
    Obrigada sempre pelos seus posts inpiradores.
    Beijos

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    • Essa resistência e determinação são mesmo as características que mais fazem nosso carinho por elas aumentar. <3 Fico feliz que ache os textos inspiradores, Janine! Volte sempre! Cola fica muito feliz com as visitas!

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  8. Achei a minha abandonada num canto de uma floricultura perto de casa, perguntei o nome a moça chamou de Rosa de Pedra. Eu precisava de uma planta baixa para colocar no carrinho de feira que enfeita minha sacada. Levei.

    O tempo foi passando e percebi que ela ia ficando alta, o caule crescendo e eu não entendi nada. Tirei do carrinho e a coloquei em cima da mesa de mosaico e ela foi ficando alta.

    E neste verão a surpresa: foram crescendo esses galhos pequeninos que desabrocharam nessas florzinhas lindas lindas que eu desconhecia completamente.
    Não tem dia que eu não fique admirando tamanha beleza.

    Beijos Ma

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    • Que engraçado saber que os vários andares que elas vão assumindo também te surpreendeu, Si! Pelo jeito, não são só os salsichas nossa paixão em comum. ;)

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  9. Essa que você deu o close é bonita demais! Que cores fofas. <3

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    • Fico sempre encantada com o degradê sutil entre o rosa e o amarelo, xará!

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  10. Adorei a história, e a Echê (olha a intimidade…) é mesmo linda :).
    Sou louca por girassóis, mas em apartamento é impossível ter um =/
    Vou procurar um suculenta para a minha varanda, acho que tenho muito que aprender com essas plantinhas :)
    Bjs

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    • E não é que há sempre uma mascote desejada? Lu, quero muito saber de suas aventuras com horta e plantas na varanda! Conversar com elas e observá-las é mesmo uma terapia! <3

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